Doença x Saúde

Sob o Olhar Das Constelações Familiar Sistêmica

Voltar



A humanidade passa por situações complexas no âmbito da saúde que, sem causa aparente, mantêm o paciente/cliente em processos de experimentações de fórmulas medicamentosas e técnicas diversas, sem a obtenção de resultados satisfatórios.

Altos índices de stress, doenças psicossomáticas, neurológicas, entre outras ficam em evidência, contribuindo para a procura das causas e busca de soluções. Quebrar paradigmas, alcançar as causas da doença e resgatar a saúde integral através da medicina integrativa associada às terapias integrativas complementares, quânticas e sistêmicas é o que se coloca em pauta atualmente. Para que compreendamos essas dinâmicas, é necessário abrirmos os portais de consciência e aceitar que doença e saúde fazem parte da realidade dos humanos.

A ciência nos mostra que nascemos para ser saudáveis. O que nos leva a cultivar o aumento de doenças que surgem em nossa vida? Será que é necessário desenvolvermos uma nova consciência de doença x saúde, quebrar paradigmas diante do processo que resgata a autocura?

As terapias integrativas complementares têm se mostrado muito eficientes nesses casos, aplicadas em hospitais, clínicas multidisciplinares, postos de atendimentos, possibilitando com que o interagente conquiste as melhoras em seus sintomas e assuma maior responsabilidade frente aos seus problemas de saúde.

Torná-lo consciente das causas e sintomas desperta nova consciência frente às escolhas de mudanças de hábitos, comportamentos, temperamentos, inclusive trazendo a melhoria nos relacionamentos familiares, sociais e na saúde de modo geral. Olhar o histórico familiar do cliente é fundamental, porém no campo das Constelações Sistêmicas, olhar o envolvimento sistêmico pode ser mais importante ainda.

Nas Constelações, entendemos que há três leis sistêmicas: pertencimento, hierarquia e equilíbrio. O pertencimento diz que todos temos o direito de fazer parte, a hierarquia diz que cada um tem o seu lugar no sistema, o equilíbrio diz que há um equilíbrio de trocas, que pode se dar no positivo ou no negativo. E nós, enquanto seres que viemos de uma família, por amor cego, infantil, pela simples necessidade de pertencer, nos envolvemos, inconscientemente, com fatos e eventos traumáticos ancestrais, numa tentativa vã de colocar nova ordem no sistema. Talvez, quem sabe, uma ordem mais justa.

As Constelações utilizam o método fenomenológico, como base, em seu trabalho. E a fenomenologia nos possibilita ir a fundo nessas raízes, tanto que cada vez mais temos visto profissionais das áreas diversas (medicina, judiciário, pedagógica), buscando soluções através do olhar das Constelações Sistêmicas, frente às doenças físicas, emocionais, sociais, financeiras, entre tantas outras.

O motivo real da busca de um conceito de doença é o de que só se pode curar a doença quem sabe o que realmente a doença é. Através das Constelações, como ferramenta para se olhar as doenças, pude observar resultados positivos em meu trabalho, com a mudança de destino de diversas pessoas que puderam se manter mais empoderadas, com mais harmonia frente aos desafios diários para lidar com a vida e a saúde. A partir delas, observei a melhoria das relações pessoais e interpessoais, o resgate da autoconfiança, melhora das relações familiares e profissionais. E, o mais importante para este artigo, a alteração dos resultados de exames médicos, o que mostrou a alteração da mudança do comportamento das doenças, com nova informação recebida pelo DNA.

As Constelações Familiares Sistêmicas têm se mostrado como uma fotografia, capaz de apresentar onde está o problema, a que e a quem está conectada a pessoa portadora da doença e a dinâmica de funcionamento desse sistema familiar. Com os movimentos realizados na constelação, é possível que o campo, o organismo vivo que é o sistema familiar aprenda novos padrões de funcionamento. Compreendendo onde estamos inseridos, encontraremos novos recursos para assumir a responsabilidade frente a novas escolhas de permanecer nesse mesmo lugar ou modificar para onde queremos ir, abrindo nossa consciência, podendo viver com mais harmonia e equilíbrio.

Sentir que a vida é sagrada é um sentimento emocional, de reconhecimento por estar vivo, é um imenso presente, enquanto mentalmente é apenas algo natural.

No oriente, o corpo é veículo da vida, e a vida é um caminho, um processo. Tudo que acontece é para apontar melhor o caminho da vida, então as doenças são bem-vindas, pois são como professoras que nos ajudam a dar o passo certo. No entanto, a partir das Constelações Familiares, podemos nos lembrar, como diz Hellinger e tantos outros, que estamos aqui para honrar a nossa história é reverenciar nossos pais e nossos ancestrais, a partir da consciência do respeito ao que ocorreu, do jeito como foi. E escolher fazer diferente, honrando pelo bom, pelo belo, pelo justo e pelo saudável.



Revista Qualitá por Cléo do Carmo